terça-feira, 24 de setembro de 2013

6º Ano: a realidade


Olá amigos!

Assumi o compromisso de analisar as orientações curriculares disponibilizadas pela SME/RJ, e quero muito fazer isto. Sei que vai demorar um tempinho, mas com calma, terminamos tudo. Pretendo trazer também, algumas sugestões de atividades, junto com os comentários.

Decidi começar pelo 6º ano porque é justamente lá que caímos de para-quedas em nosso primeiro dia de aula!!!
Isto porque, no início do ano retrasado, quando os concursados de 2010 começaram a ser chamados, nossa Exma. Secretária de Educação emitiu uma circular, orientando a alocação dos PIs de Ed. Musical somente no 6 º ano.

Por quê??? (...) Não faço ideia! 
O que sei é que me senti um ser de outra galáxia ao entrar numa turma cheia de "anjinhos" ávidos pela aula de música, e ser bombardeada por perguntas como "Fessora, vai rolar um funk né?!" "Aí tia, a gente vai ouvir aquelas músicas chatas que dão sono?"

Ai gente...É triste.

Enfim, com o tempo, vamos percebendo que precisamos realmente nos desapegar dos nossos pré-conceitos e entrar também no mundo deles; trabalhar a partir daquilo que eles trazem de suas vivências e, aos poucos, apresentar aquilo que trazemos em nossa bagagem.
Simples não é. Comecei a estudar piano na Igreja, com 12 anos de idade, e passei para o violino aos 16, levando até o fim da graduação. Ou seja, formação totalmente erudita!
É claro que, durante a graduação, tive muitas experiências enriquecedoras, inclusive em cursos de férias, mas, de verdade... Nunca estamos preparados. Só o dia a dia, e muito, muito jogo de cintura nos nos preparam para lidar com essa galera.

Bem, neste ano, ao ir à CRE, procurar uma escola para complementação, soube que a Educação Musical deveria ser oferecida prioritariamente ao 6º ano, podendo ser aberta uma exceção às Escolas com 6º ano experimental. Ou seja, um professor de música poderia assumir 3 turmas de 6º experimental e, ao invés de complementar sua carga horária em outra escola, assumir as turmas de 1º ao 5º ano naquela mesma unidade escolar.
Melhorou um pouco, mas ainda não é o ideal.

Definitivamente, deveríamos apresentar a Música às crianças desde a sua formação inicial. Não tem sentido deixá-las ouvir e apreciar tanta porcaria (vamos concordar, tem muita!!!) e praticamente tapar os ouvidos à qualquer coisa diferente, se fechar à qualquer nova proposta e criar o seu repertório limitado, para, então, jogá-las nas nossas mãos, com a responsabilidade de "purificar" seus ouvidos e sensibilizá-los para, sabe-se lá, conseguir trabalhar 1/3 daquilo que nos é proposto, já que todas as etapas anteriores (1º ao 5º ano) foram simplesmente ignoradas. Isso sem falar na falta de estrutura física, na ausência de material pedagógico... Deixa eu parar por aqui, senão vou mudar o nome do blog...

Já volto!


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